Último Grão
Não demora agora
Há tanto pra gente conversar
Eu desejo e vejo, a rua você atravessar
E os teus passos largos já não me incomodam
Não te acompanho mais, caminho do meu modo
Teus olhos turvos, pouco sinceros
Não me atormentam quanto mais eu enxergo
Eu e você, podia ser
Mas o vento mudou a direção
Eu e você e essa canção
Pra dizer adeus ao nosso, ao nosso coração
Tá na minha frente
Não se perturbe, verdade é pra falar
Sei que vai morrer um pouco
Mas ainda há tanto pra lembrar
O teu sorriso lindo, indefinido
Suas mãos tão quentes atravessando o meu vestido
Palavras que falávamos simultaneamente
No meu ouvido o teu discurso indecente
Às vezes o amor
Escorre como areia entre os dedos
Não tem explicação para tantos erros
É melhor partir
Antes do último grão cair
Como segurar um amor
Uma mãe e a sua filha estavam a caminhar pela praia.
Num certo ponto, a menina perguntou: "Como se faz para manter um amor?"
A mãe olhou para a filha e respondeu: "Pega num pouco de areia e fecha mão com força."
A menina assim fez e reparou que quanto mais forte apertava a areia com a mão, com mais velocidade a areia se escapava.
- "Mamã, mas assim a areia cai!"
- "Eu sei, agora abre completamente a mão."
A menina assim fez, mas veio o vento e levou consigo a areia que restava na sua mão.
- "Assim também não consigo mantê-la na minha mão!"
A mãe, sempre a sorrir disse-lhe: "Agora pega outra vez num pouco de areia e mantém-na na mão semiaberta como se fosse uma colher. Bastante fechada para protegê-la e bastante aberta para lhe dar liberdade."
A menina experimenta e vê que a areia não se escapa da mão e está protegida do vento.
"É assim que se faz durar um amor!"
Um comentário:
Interessante mais pela parte de como segurar o amor...
Pois é assim mesmo.
Fique com Deus, menina Akemi.
Um abraço.
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